Pitiríase Versicolor

Muitas vezes a gente se depara com certos problemas de pele e não sabemos ao certo o que é e como tratar, e ainda alguns problemas de pele fogem da nossa alçada nos atendimentos estéticos e precisamos encaminhar para um médico dermatologista,  mas se não soubermos o que é,  fica muito difícil orientar nossas queridas clientes e por isso eu trouxe essa matéria sobre Pitiríase Versicolor.

Ficando por dentro das principais patologias da pele você estará a frente de muitas outras profissionais da área.

Então aproveite e tenha uma boa leitura!

 

Manchinhas brancas na pele podem ser Pitiríase versicolor?

A Pitiríase versicolor é uma infecção causada por fungos e essa infecção é superficial. A principal característica dessa doença é o aparecimento de manchas hipopigmentadas em algumas partes da pele.

 

As manchinhas brancas costumar coçar e crescem. O fungo fica colonizado no estrato córneo da pele e é muito comum aparecer em regiões como braços e troco.

 

Epidemiologia

A Pitiríase versicolor é mais prevalente nos países trópicos e ocorre com ambos os sexos e em todos os tons de pele.

A maioria dos casos ocorre em adultos jovens ou crianças a partir de 12 anos quando entram na adolescência, que estão passando por mudanças hormonais com o aumento da secreção de sebo.

Acontece também em crianças abaixo de 1 ano e nas crianças o acometimento é diferente dos adultos, aparece na região da face.

A Pitiríase versicolor não é contagiosa e independe dos hábitos de higiene da pessoa.

 

Etiologia

A Pitiríase Versicolor é causada pela Malassezia Furfur, que pode apresentar-se sob duas formas: oval – Pityrosporum ovale, que frequentemente se encontra no couro cabeludo, e cilíndrica – Pityrosporum orbiculare, que geralmente se aloja no tronco.

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico da Pitiríase Versicolor é usualmente realizado apenas pelo exame clínico. A lâmpada de Wood é algumas vezes útil para confirmar o diagnóstico e detectar lesões.

Apresenta fluorescência amarelo-ouro, provavelmente devido à excreção de metabólitos (porfirinas) do fungo, sensíveis à radiação ultravioleta. O exame micológico direto é realizado fazendo-se uma raspagem na lesão para colher o material para que seja enviado ao laboratório.  O resultado negativo exclui o diagnóstico.

 

Tratamento

Agentes antifúngicos são os únicos que podem acabar com a Pitiríase versicolor.

O tratamento é feito por via tópica, via oral ou até ambos.

Os agentes mais utilizados são:

Cetoconazol – A dose usual é de 200mg/dia por 10 dias. A taxa de cura é alta (de 90 a 100%).

O risco de toxicidade do fígado existe e tem sido calculado em 1 paciente para cada 500.000 pacientes que fizeram uso do cetoconazol oral pelo curto tempo de 10 dias.

Fluconazol – A dose recomendada é de 150mg por semana durante três semanas de uso.

Itraconazol – A dose preconizada é de 200mg/dia por sete dias. Trata-se de uma droga bem tolerada. Quando há indicação para uso prolongado, mais de sete dias, alguns efeitos gastrointestinais podem manifestar-se. Cefaleia, náusea e dor abdominal são efeitos colaterais possíveis em

7% dos casos.

Terbinafina – A terbinafina oral é efetiva contra muitos fungos, mas não apresenta eficácia no tratamento da Pitiríase versicolor, talvez porque não atinja concentração suficiente na camada córnea. Já a terbinafina tópica mostrou-se eficaz no tratamento da infecção por Ptiríase versicolor.

Tratamento tópico x tratamento via oral

Do ponto de vista farmacoterapêutico, a PV sendo infecção superficial, deveria ser tratada com agentes tópicos somente, mas os pacientes defendem outro ponto de vista.

Para eles o tratamento com agentes tópicos traz muitas desvantagens, já que o tempo necessário é muito longo e tem a dificuldade da aplicação da pomada em grandes áreas afetadas, especialmente o tronco.

Por esses motivos, os pacientes que são tratados apenas com pomada têm reincidência rápida porque acabam largando o tratamento.

O tratamento via oral é de curta duração e por isso é mais eficiente, apesar dos riscos dos efeitos colaterais.

As manchinhas brancas costumam voltar ao tom de pele normal dentro de alguns meses após a efetividade do tratamento, mas não existe ainda um tempo certo.

Recomendações para o tratamento

É importante ressaltar que o tratamento para Pitiríase Versicolor, que muita gente ainda chama de micose de praia, seja aplicado por médico dermatologista.

Este artigo eu escrevi para que você tenha conhecimentos científicos de uma das principais e mais comuns patologias da pele, dessa forma profissionais de estética poderão orientar suas clientes quando aparecer esse tipo de fungo na pele.

Espero que você tenha gostado e em breve eu trarei mais artigos interessantes.

Beijos e eu te desejo muito sucesso.

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Sobre a autora

Cris Marques é esteticista, cosmetóloga formada pelo SENAC e professora de estética com mais de 18 anos de experiência. Criadora de 18 cursos profissionalizantes que já formaram mais de 22.000 alunas no Brasil e em diversos países.

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